quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Capitulo 7 - Saída de casa


Quando o meu irmão me abraçou senti-me mais segura nos seus braços do que sem ele. Saímos de casa sempre ao lado um do outro, nunca olhei para trás para poder ver se ela nos seguia mas julguei que não nos seguiria.
Entramos no carro do meu irmão, um Volkswagen preto, não sei para onde íamos mas isso não me importava, só estava preocupada com o facto de sair daquela casa.



- Onde vamos? – Perguntei-lhe com um pouco de receio da sua resposta.
- Vamos ao Pinhal Novo, ter com a Ana, quero que a conheças e assim sempre alivias a cabeça. – Respondeu-me o meu irmão com um enorme sorriso no rosto.
- Obrigada Santiago!
- Obrigada? De que meu anjo? – o meu irmão normalmente tratava-me sempre como anjo ou doce, a nossa cumplicidade era enorme.
- Sim, obrigada!
- Mas de que?
- De me teres tirado de casa neste preciso momento, não aguentava mais, apareces-te no momento certo, obrigada.
- De nada meu anjo, sou teu irmão, tenho de te tentar proteger o mais que posso, mesmo que para isso tenha de me chatear com a Dona Maria e com o Senhor António.
- Mas que foste lá fazer a casa? – Perguntei-lhe, pois não sabia mesmo o que tinha ele ido fazer lá a casa, já que não morava connosco há já 3 anos, desde que se tivera juntado com a Ana.
- O que fiz, buscar-te para ires ter com a Ana, totó. – Ao me responder deu-me um carolo.
- Aí, parvo pá.
Apesar destas demonstrações de porrada, éramos muito cúmplices um do outro.
Desde que ele se juntará com Ana que eu só tivera com ela 2 vezes e não me lembrava da cara dela nem de como ela era, supostamente seria loira já que esse era um dos grandes fetiches do meu irmão.
A viagem ate ao Pinhal Novo foi feita sempre na brincadeira e na risota.
Quando chegamos junto de um café na avenida grande o meu irmão apressou-se a ir colocar o carro no primeiro lugar que encontrou, mesmo sem ver se estava a impedir alguma coisa.
Vi uma rapariga alta, morena e de olhos castanhos-claros aproximar-se do carro, presumi que fosse uma amiga dele, mas nem liguei.
- Olá amor. – Disse o meu irmão quando abriu o vidro do carro para a cumprimentar.
Fiquei pasmada ao olhar para ela pois não era normal o meu irmão ter namoradas morenas, mas agora estava junto com uma morena, o que me deixou super espantada.
- Olá bebe. – Respondeu-lhe a Ana depois de lhe dar um beijo.
- Olá cunhada! – Brincou ao olhar para mim.
- Olá Ana.
- Vamos ao café? – Perguntou o meu irmão impaciente por ainda não ter ido ao café.
- Sim vamos. – Tirei o cinto e saí do carro.

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