quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Capitulo 7 - Saída de casa


Quando o meu irmão me abraçou senti-me mais segura nos seus braços do que sem ele. Saímos de casa sempre ao lado um do outro, nunca olhei para trás para poder ver se ela nos seguia mas julguei que não nos seguiria.
Entramos no carro do meu irmão, um Volkswagen preto, não sei para onde íamos mas isso não me importava, só estava preocupada com o facto de sair daquela casa.



- Onde vamos? – Perguntei-lhe com um pouco de receio da sua resposta.
- Vamos ao Pinhal Novo, ter com a Ana, quero que a conheças e assim sempre alivias a cabeça. – Respondeu-me o meu irmão com um enorme sorriso no rosto.
- Obrigada Santiago!
- Obrigada? De que meu anjo? – o meu irmão normalmente tratava-me sempre como anjo ou doce, a nossa cumplicidade era enorme.
- Sim, obrigada!
- Mas de que?
- De me teres tirado de casa neste preciso momento, não aguentava mais, apareces-te no momento certo, obrigada.
- De nada meu anjo, sou teu irmão, tenho de te tentar proteger o mais que posso, mesmo que para isso tenha de me chatear com a Dona Maria e com o Senhor António.
- Mas que foste lá fazer a casa? – Perguntei-lhe, pois não sabia mesmo o que tinha ele ido fazer lá a casa, já que não morava connosco há já 3 anos, desde que se tivera juntado com a Ana.
- O que fiz, buscar-te para ires ter com a Ana, totó. – Ao me responder deu-me um carolo.
- Aí, parvo pá.
Apesar destas demonstrações de porrada, éramos muito cúmplices um do outro.
Desde que ele se juntará com Ana que eu só tivera com ela 2 vezes e não me lembrava da cara dela nem de como ela era, supostamente seria loira já que esse era um dos grandes fetiches do meu irmão.
A viagem ate ao Pinhal Novo foi feita sempre na brincadeira e na risota.
Quando chegamos junto de um café na avenida grande o meu irmão apressou-se a ir colocar o carro no primeiro lugar que encontrou, mesmo sem ver se estava a impedir alguma coisa.
Vi uma rapariga alta, morena e de olhos castanhos-claros aproximar-se do carro, presumi que fosse uma amiga dele, mas nem liguei.
- Olá amor. – Disse o meu irmão quando abriu o vidro do carro para a cumprimentar.
Fiquei pasmada ao olhar para ela pois não era normal o meu irmão ter namoradas morenas, mas agora estava junto com uma morena, o que me deixou super espantada.
- Olá bebe. – Respondeu-lhe a Ana depois de lhe dar um beijo.
- Olá cunhada! – Brincou ao olhar para mim.
- Olá Ana.
- Vamos ao café? – Perguntou o meu irmão impaciente por ainda não ter ido ao café.
- Sim vamos. – Tirei o cinto e saí do carro.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Capitulo 6 - Será desta? (Parte II)

- Já sabia que irias ver essa mensagem assim que chegasses a casa. – Fui surpreendida pela voz da minha mãe.
- Vim ver o porque do meu PC estar aqui ligado, pensei que tivesse sido o mano a liga-lo.
- Não foi ele, fui eu, precisei de ir aí e vi que o badameco te mandou mensagem por aí.
- Sim mas isso não tem mal. – Tentei que a conversa fica-se por ali, mas não resultou.
- Tem mal sim Matilde, eu já não te disse que não te quero a falar com ele?
- Mas mãe… - Tentava contestar a sua decisão parva de não querer que eu me desse com Marco, mas eu ainda gostava dele.
- Mas nada.
- Oh mãe, eu já fiz aquilo que tu querias, acabei com o homem que mais amei na vida há três meses e mesmo assim tu não estas feliz com isso? Eu não posso simplesmente viver a minha vida?
- Matilde eu já te disse que enquanto estiveres na minha casa quem manda sou eu e não tu.
- Mãe, isso não te dá o direito de escolheres os meus namorados nem de queres mandar na minha vida amorosa, podes mandar no resto mas nisso nunca. – Comecei a reclamar com ela, já sabia que ia dar em discussão.
A discussão estendeu-se por algum tempo, não lhe queria dar assas para mais discussões, mas ela tirava-me do sério e eu não aguentava mais todas aquelas discussões por causa do Marco.
- Eu não aguento mais mãe, não consigo viver mais aqui…
- Que tas para aí a dizer?
- O que ouviste, não consigo viver aqui, vocês só me querem controlar e eu assim não consigo fazer a minha vida por vossa causa.
Estava decidida a sair de casa, não queria estar mais naquela casa, não podia fazer a minha vida como queria, eu já nem estava com o Marco, não sei o porque de todas aquelas discussões.
Tentei virar-lhe as costas para ir embora do quarto mas fui agarrada por ela.
- Onde é que a menina pensa que vai? – A minha mãe nunca me tivera tratado assim tão arrogantemente.
- Vai comigo, podes deixa-la pelo menos uma vez em paz? – Apareceu o meu irmão mais velho no meu quarto.
Só quando o meu irmão apareceu é que ela me largou, corri imediatamente para os braços do meu irmão, ele era mais velho que eu 8 anos (26 anos), chamava-se Santiago e era o único que estava contra os nossos pais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Capitulo 5 - Será desta?!

Já era quinta-feira, acordei cedo para me poder despachar e não chegar tarde há escola, despachei-me e fui para a escola.
- Bom dia! – Gritei para cumprimentar os presentes.
- Bom dia Matilde. – Respondeu-me o Filipe.
Eu usava um pin do benfica na minha mala.
- Posso fazer-te uma pergunta? – Perguntou Filipe ao olhar na minha direcção.
- Sim podes.
- És benfiquista certo? – Perguntou apontando para o pin.
- Sim óbvio.
- Óptimo, assim já posso falar de futebol com alguém.
-Sim podemos falar disso, mas aviso-te já que quando tenho razão não me calo até que me dêem razão no que estou a dizer.
 - Eu também sou assim quando toca a assuntos sobre o meu benfica.
Entretanto toca para entrar, levantámo-nos e fomos para a sala onde iriamos ter técnicas de comunicação com a professora de Português.
Assim que entro vejo logo Ângela a fazer-me sinal para me ir sentar ao seu lado, eu tinha-lhe prometido que iria ficar ao lado dela nas aulas, mas ela deve ter pensado que eu me tinha esquecido do que prometera no dia anterior.
Fui para o meu lugar enquanto Filipe, Beatriz, Vasco, Pedro, Francisco e Jorge iam para os seus lugares.
- Bom dia Ângela.
- Bom dia Matilde.
Posso fazer-te uma pergunta? – Disse Ângela.
- Sim claro.
- Que idade tens?
- 17. – Respondi-lhe.
Ângela era da minha idade, provavelmente até seria alguns meses mais nova, pelo simples facto de que eu era a rapariga mais velha da turma.
- Ok.
- Mas porquê?
- Queria saber se moras sozinha.
- Não ainda não moro sozinha, mas daqui a alguns meses quero ver se me pisgo de casa.
- Desculpem intrometer-me! Quem é que quer ir embora de casa? – Perguntou Filipe que estava na mesa atrás de nós.
- Eu! – Respondi-lhe. – Mas porque?
- Porque eu já moro sozinho e é um pouco difícil para mim pagar tudo sozinho.– Filipe já fizera os 18 anos e pelos vistos já morava sozinho.
- Mas eu ainda não trabalho.
- Mas vais começar a trabalhar para poderes ir embora de casa?
- Sim quero começar a trabalhar para poder sair de casa.
-Já agora posso saber porque queres sair de casa? – Perguntou o Filipe meio a medo.
- Os meus pais não aceitaram o meu último namorado e andavam sempre a arranjar pretextos para estarem sempre a discutir, mesmo na semana passada discutimos por causa disso mesmo depois de já termos acabado. – Expliquei-lhe o que se passava entre os meus pais e eu.
- Fogo, isso não é razão para discutirem contigo assim…
- Mas agora não vale a pena estar mais naquela casa.
A aula passou a correr, a professora não nos chamou há atenção vez nenhuma mas deve ter apontado qualquer coisa nas suas folhas para nos poder descontar quando fizesse a avaliação.
- Filipe! – Chamei-o quando ele estava perto da porta para sair.
- Diz. – Virou-se para trás para me poder responder.
- Dá-me o teu número sff, se logo acontecer algo eu saiu já hoje de casa. – Dirigi-me para a porta onde ele estava.
- Está bem, aponta 91*******.
- Obrigada.
Quando saí olhei para trás e vi Pedro a olhar vidrado em mim, não quis ficar ali até ele acordar da hipnose e fui embora.
Fui para casa no fim do dia já sabia que algo me esperava.
Quando cheguei a casa vi que o meu portátil estava ligado e que tinha uma janela do MSN ligada, era de Marco, o meu ex namorado, pensei logo que fosse o meu irmão que tivesse utilizado o PC e que não o tenha desligado para eu poder ver a mensagem de Marco.
Cheguei-me ao PC e coloquei a mala da escola no chão junto há minha secretaria e abro a janela com a mensagem rapidamente, estava ansiosa, ainda gostava dele.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Capitulo 4 - Inicio de novas amizades

Depois de bebermos café Patrícia foi-nos levar a casa, primeiro Hill e depois eu.
- Muito obrigada por este dia, amei! – Agradeci a Tânia e a Patrícia, dou-lhes um abraço e entro ao portão de casa.
Quando chego ao meu quarto pego no meu telemóvel e começo a escrever uma SMS para mandar a Hill, já que não me tinha despedido dela como de Tânia e de Patrícia.
“Meu amor, adorei passar este dia contigo, poder ver-te ao fim de 2 longos anos foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Espero que regresses para Portugal rapidamente, quero repetir este dia muitas vezes. Te amo afilhada linda. Madrinha Matilde.”
Fui tomar um banho rápido antes de me ir deitar, vesti uns calções e uma t-shirt, apesar de ser Setembro ainda estava calor, quando estava completamente despachada olhei para o meu telemóvel e já la tinha uma SMS de Hill.
“ Meu anjo também amei este dia contigo, é pena é que passou depressa e vou ter de voltar para a Austrália, mas assim que poder garanto-te que voltarei madrinha. Amo-te Beijinhos gigantes madrinha. Afilhada Hill.”
Quando dou por mim já era segunda-feira e era altura ir para a escola e tinha de me vestir, porque entrava às 10horas e o autocarro era às 9:30m.
Chego há escola a 10 minutos de tocar para a entrada, encontrei Pedro, Vasco e Ângela ao portão, os rapazes estavam a fumar mas Ângela não.
Dirigi-me a ele depois de ir ter com Joana a minha melhor amiga de há 2 anos.
- Bom dia pessoal. – Cumprimentei-os apenas dizendo bom dia.
- Bom dia Matilde! – Respondeu-me amavelmente Ângela.
Quando tocou eu e Ângela dirigimo-nos para a sala onde iríamos ter aula, seguidas dos rapazes, entramos e eu fui sentar-me no meu lugar habitual e vejo Pedro chamar Ângela, e nisto Ângela não vem para o meu lado mas sim Pedro.
-Bom dia! Sou o Pedro Coelho. Peço desculpa mas na sexta-feira não tive tempo para me apresentar. Ah e desculpa também de ter ficado a olhar para ti na sala, mas julguei que te conhecia de algum lugar… - Apresentou-se Pedro.
- Olá, eu chamo-me Matilde Soares. Não faz mal nem reparei que estavas a olhar para mim… - Tentei disfarçar um pouco a timidez mas acho que foi um esforço em vão porque senti a cara quente o que era sinal de que estava corada.
- Ah, desculpa Matilde. – Ouvi Pedro dizer num tom baixo.
- De quê? – Perguntei-lhe olhando disfarçadamente para ele.
- De me ter sentado ao teu lado sem te ter pedido e só sabia que ias estar acompanhada porque vi a Ângela a vir nesta direcção. – Tentou arranjar uma explicação plausível para o facto de se ter sentado ali.
- Ah não te preocupes com isso, podes ficar aqui em todas as aulas se quiseres. – Ofereci-lhe o lugar de Ângela.
- Desculpa mas não posso ficar, hoje para vir aqui nesta aula falar contigo tive de dizer ao Francisco que vinha resolver um problema, desculpa. – Pedro começará a desiludir-me.
Pedro estava a ser simpático em ter vindo ter vindo ter comigo apresentar-se mas agora que me disse aquilo ele começou a desiludir-me, pensava que ele era diferente mas afinal era apenas igual aos outros todos que eu já conhecia, só com uma diferença este fugia da sua vida privada para poder estar com os amigos.
- Mas se quiseres podes vir para aqui…
Já faltava pouco para tocar então ficamos a conversar e a conhecermo-nos melhor, já que não sabia quando iria voltar a ter Pedro junto de mim, aproveitámos e trocámos os números de telemóvel.
Quando tocou levantei-me rapidamente pois precisava de ir há secretaria da escola buscar um documento que a minha mãe me tinha pedido, mas Pedro ainda ficou na sala há espera dos amigos.
- Matilde! – Pedro chamou-me no momento em que ia a sair há porta.
- Sim! – Respondi-lhe.
- Não vens lá fora?
- Fazer? – Perguntei-lhe no momento em que Francisco estava a sair há porta.
- Fumar, ou não fumas?
- Não, não fumo, mas obrigada pelo convite. – Respondi-lhe e apressei-me a ir há secretaria.
Quando saí da sala peguei imediatamente no telemóvel para mandar uma sms a Joana para saber onde ela andava, mas arrependi-me, algo que não sei bem o quê impediu-me.
Quando cheguei há secretaria foi só pedir o documento e assinar um termo de responsabilidade em como levei o documento, saí e volto para o bloco.
Quando me sento Pedro e Vasco apareceram vindos do nada o que fez com que me assusta-se.
- Então sozinha menina Matilde? – Perguntou ironicamente Pedro.
- Sim, acabei de aqui chegar e já apanhei um susto. – Reclamei um pouco com ele.
- Bem ao que me parece já não estas sozinha. – Brincou Vasco. – Podemos ficar aqui contigo…? – Parou de falar notei que não sabia o meu nome.
- Matilde! – Ajudou Pedro dando-lhe um pequeno carolo.
- Ai! Pois isso, desculpa Matilde. – Disse Vasco ainda meio envergonhado por não saber o meu nome.
- Claro que podes Vasco, a escola é um lugar público.
- Boa sabes o meu nome! – Gozou Vasco.
- Sim sei o teu, o do Pedro, o Francisco, o Jorge, e Beatriz, o Filipe e a Ângela! - Enunciei alguns dos nomes que já sabia.
- Fixe já decoras-te alguns! – Brincou Vasco.
- Já chega Vasco vamos embora! – Ordenou Pedro mesmo sendo o mais novo.
Entretanto tocou para a aula de Matemática, íamos conhecer a Prof.
Entrei, Pedro e Vasco já tinham entrado e estavam sentados ao lado um do outro, vi que Ângela estava na mesa onde eu estivera com Pedro na aula de Português, e dirigi-me na sua direcção.
- Posso? – Perguntei-lhe apontando para a cadeira vazia.
- Claro.
- Muito obrigada. – Agradeci e sentei-me na cadeira do lado da janela.
Fui retirando as coisas da minha mala, o caderno, o estojo e a calculadora, no curso não tínhamos livros, apenas para Português, Francês e Inglês.
- Desculpa a invasão, podes esclarecer-me uma coisa? – Perguntou Ângela em voz baixa.
- Sim claro, diz.
- Há pouco vi-te com eles, dás-te bem com eles? – Apontou para Pedro e Vasco.
- Sim eles são muito simpáticos e fazem-me rir muito, especialmente o Pedro.
- Então que fez ele?
- Pensa que manda no Vasco, mas o Pedro é o mais novo deles os dois. – Expliquei-lhe.
Quando dou por mim estava a tocar para o fim das aulas.
Levei todo o dia a falar com Ângela, ficámos a conhecer-nos melhore vi que ela era uma pessoa em quem eu podia confiar mesmo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Capitulo 3 - Reencontro com Marco

Fomos para a casa da Tânia para jantar, eu fui logo ao quarto dela colocar os meus sacos bem distanciados dos sacos dela, porque já sabia que quando fosse para ir embora íamos trocar os sacos.
Volta para a sala e sento-me no sofá há espera de Tânia que ainda estava no quarto e de Hill que tinha ido há casa de banho.
De repente ouço uma voz masculina que me era familiar atrás de mim e viro-me derrompante.
- Olá Matilde. - Disse Marco o irmão de Tânia.
- Olá Marco.
Marco era mais alto que eu, ele media 1,86cm e eu 1,66cm eram só 20cm de diferença e tinha mais um ano que eu.
Marco tinha vestido umas calças de ganga, uns ténis-botas brancos e uma t-shirt branca engraçada, Marco vestia-se um pouco diferente daquilo que era hábito na nossa geração, calças ao fundo do rabo e t-shirts largas.
- Então que fazes aqui?
- Vim… Jantar com a tua irmã. - Fiquei um pouco admirada de o ver ali, sempre pensei que não estivesse em casa.
- Então jantas comigo também…
-Se jantares em casa, sim.
 Não me sentia lá muito bem por estar a falar com Marco, 2 meses depois do fim do nosso namoro, mas via-se que possivelmente ele ainda gostava de mim tal como eu ainda não o tinha esquecido totalmente mas os meus sentimentos por ele já não eram tão fortes como já tinham sido.
- Então já se conhecem? – Interrompeu a sua mãe.
- Sim mãe, eu não te tinha dito que namorava com uma amiga da mana?
- Sim, acho que sim.
- É ela, não é linda? – Perguntou Marco dirigindo o seu olhar para mim.
 Sim, eu adoro esta rapariga tal como a tua irmã também gosta muito dela. – Rematou a mãe dele.
A minha cabeça estava baralhada, primeiro porque o Marco sempre me dissera que nunca tinha dito a ninguém que andava comigo e segundo porque não via a mãe da Tânia como a minha sogra, sempre a vi simplesmente como a mãe da Tânia.
- Já chega de conversa, pá! – Ralhou a Tânia da cozinha, ela e Hill já lá estavam e eu não as tinha visto passar. – Vamos jantar.
Fomo-nos sentar, eu fiquei ao lado de Hill em frente de Tânia que estava ao lado do irmão.
- Então meninas gostam da minha pizza?
- Sim é muito boa … - parei na minha resposta pois não sabia o nome da mãe da Tânia, sempre a tinha tratado por você.
- Tratem-me só por Patrícia.
- Ok Patrícia.
Ate agora nem eu nem Hill sabíamos o nome da mãe de Tânia, mas a partir de hoje já sabíamos e não nos íamos esquecer, Patrícia.
Quando acabamos de jantar já eram quase 22h30m, mas basicamente não tínhamos mais nada para fazer, então fomos para a sala.
Marco dirigiu-se para a porta e pegou nas chaves do carro e nos óculos que estavam numa pequena mesa junta da porta e virou-se para trás a olhar na nossa direcção.
- Vocês querem vir comigo?
- Não Marco, elas não vão contigo seu desmiolado. – Patrícia foi mais rápida que Tânia a dar uma resposta a Marco e aproveitou para gozar com ele.
- Ok, tu lá sabes, ate logo mãe. – Despediu-se e saiu. – Olha não sei a que horas volto. – Voltou atrás só para dizer isto há mãe, uma simples coisa óbvia que ela já sabia.
A mãe da Tânia tinha algo em mente para não nos deixar sair com o filho e pela sua cara nós iríamos saber o que ela tinha em mente dentro de pouco tempo.
- Meninas, vão-se arranjar, vamos com o Marco!
- Oh mãe, ele já saiu, lembras-te? – Alertou Tânia.
- Eu sei.
- Então como vamos com ele?
- Vamos ter com ele, Tânia acorda.
Fomos vestir-nos rapidamente ao quarto de Tânia para irmos então ter com o Marco e João, o primo de Tânia, sobrinho de Patrícia.
Levamos quase meia hora para nos despacharmos.
- Então ainda demoram muito meninas? – Gritou a mãe de Tânia.
- Não mãe já aqui estamos.
Eu e Hill estávamos vestidas da mesma forma, calções pretos, saltos pretos, o blazer, brincos e um colar a única diferença era que eu tinha uma camisa branca e Hill tinha uma blusa branca.
- Vocês vão para alguma festa? – Perguntou a mãe da Tânia em tom de brincadeira.
- Não mãe, mas foste tu que nos mandas-te arranjar e como não sabemos ao certo onde está o parvo do meu irmão… - Tânia tentou dar uma explicação aceitável para o facto de tanta produção.
- Estas bem, pelo menos têm alguma razão! – Patrícia entendeu o que a filha lhe tentou explicar.
- Patrícia? Como vamos saber onde é que o Marco está? – Perguntou Hill.
- A Matilde vai mandar-lhe uma SMS.
- Aí vou? – Perguntei rapidamente.
- Sim sff.
Então peguei no telemóvel e comecei a escrever uma SMS.
“ Oi Marco, afinal mudamos de ideias, onde estas? Beijo Matilde”.
E enviei apenas faltava esperar que Marco me reponde-se, se bem o conheço não vai demorar muito, e não demorou.
“Oi, estou no café Guerreiro, junto há ponte, vens cá ter? beijo Marco”
Respondi-lhe rapidamente.
“Sim vamos, beijo”.
Marco não respondeu de volta, fomos então ter com ele e com João ao tal café.
Quando chegamos ao café Marco já estava há nossa espera à porta, enquanto João estava lá dentro, supusemos nós que estaria ao telefone com a namorada.
- Afinal queriam vir! – Disse Marco olhando para a mãe.
- Sim, foi a tua mãe que nos fez mudar de ideias. – Rematou Hill.
- Ok. Vamos lá para dentro ou ficam aqui fora? – Perguntou Marco olhando para mim.
- Eu poso ficar cá fora mas na esplanada, porque eu sei que existe uma lá atrás. – Disse olhando para Marco.
Fomos para a esplanada mas pelo lado de dentro do café, cumprimentamos João e os donos do café, Marco amavelmente foi pedir os nossos cafés e levou-os há mesa.
- Obrigada. – Agradeceu Hill.
- De nada. Posso chamar o João para virmos para aqui? – Pediu Marco.
- Sim pá parvo, é óbvio mister Marco. – Gozou Tânia.
Marco foi lá dentro chamar João para se vir juntar a nós.
João fumava, e já que estava na rua aproveitou para fumar um cigarro depois de beber café.

domingo, 10 de abril de 2011

Capitulo 2 - O melhor fim de semana

Need you now era das minhas músicas preferidas, começo a cantarolar ate que dou por mim mesmo a cantar.
- É lá! Que grande animação! – Oiço duas vozes que me eram familiares mas que não ouvia há algum tempo
Paro de cantar e fico a olhar para a porta para ver quem iria aparecer, e eis que entram Hillary, Tânia e a minha mãe. Fico parada a olhar para elas, Tânia e Hillary eram duas amigas que tive de deixar no pinhal novo quando me mudei para a escola secundária de Palmela, há dois anos.
 - Eu não acredito que vais ficar ai especada a olhar para nós sem nos convidares para entrar! – Resmungou Hill, a minha afilhada.
- Desculpa meu amor, entrem… - finalmente tinha acordado da minha hipnose ao vê-las ali fique perplexa, não as via há anos e ao voltar a velas foi a melhor coisa que me aconteceu hoje.
- Aleluia D.Mafalda! – Reclamou a Tânia
- Desculpa Tânia a sério.
- Não penses mais nisso.
Dirigi-me então a elas e dou-lhes um enorme abraço e muitos beijinhos, e por entre abraços e beijos deixo cair uma lágrima mas era de felicidade.
- Hei! Não quero a minha madrinha a chorar, não vim cá para isso! – brincou Hill ao ter reparado na minha lágrima quando se afastou.
- Desculpem mas foram 2 anos inteiros sem vos ver e ainda por cima a hill foi para a Austrália… desculpem mesmo – expliquei-lhes o porque daquelas lágrimas.
Fomos para o meu quarto por a conversa em dia.
- Madrinha?! – Chamou-me hill.
- Sim afilhada!
- Quem é este aqui? – Aponta para uma foto que eu tinha em cima da mesa-de-cabeceira.
- Hei! É o meu irmão! – Gritou Tânia admirada por ver ali a foto do irmão, Marco.
- Sim é!
- Tu, tu andas com ele? – Gaguejou Tânia.
- Não já não andamos, mas não tirei a foto daí. – Expliquei-lhe.
- Madrinha!
- Sim.
- Gosto muito de ti! – Disse-me Hill com um enorme sorriso.
- Também gosto muito de ti.
- Hei! Eu também gosto de ti não é só ela! – Reclamou Tânia.
- Eu sei disso, fica descansada.
Enquanto nós conversávamos alegremente alguém decidiu bater há porta.
- Sim! – Dei ordem para entrar.
- Posso meninas? – Era a mãe da Tânia.
- Claro.
- Bem já chega de conversa, a mãe da Matilde deu-me carta-branca para tudo, por isso vamos menina Tânia? – Perguntou-lhe a mãe olhando para todas nós.
- Claro mãe.
- Então Matilde, vai-te despachar, ou pensavas que ias ficar aqui? Daqui a meia hora vamos embora.
Como já não me restava muito tempo, dirijo-me para a casa de banho para poder tomar um banho rápido, quando saí do banho vesti umas calças de ganga justas, uma t-shirt cor-de-rosa e umas sabrinas pretas, coloquei uns brincos e um colar e peguei na minha mala e estava pronta para ir embora.


- Mas olha lá onde vamos? – Perguntei a Tânia um pouco curiosa.
- Para já vamos ao Montijo e depois vamos jantar a minha casa! – Esclareceu-me.
Chegamos ao fórum do Montijo e fomos ver um filme em que a história era basicamente igual há nossa, em que as protagonistas não se viam há 4 anos, o dobro de nós e por coincidência elas também eram 3 raparigas, olho para a minha afilhada, Hill, com cara de tristeza.
- Hill, tas a pensar voltar a Portugal?
- Claro madrinha. É o que mais quero.
Fiz-lhe esta pergunta pelo simples facto de que no filme elas não se voltaram a ver mais e eu não queria que isso nos acontecesse.
Quando o filme acabou a mãe da Tânia propôs-nos irmos comer um gelado, nós aceitamos, primeiro ainda era 16h e estava muito calor.
Depois de pedirmos os gelados fomo-nos sentar e começamos a “brincar” com os gelados.
- Vocês acham que ainda têm idade para brincar dessa maneira? – Gozou a mãe da Tânia.
Nós estávamos a “espetar” os gelados no nariz umas das outras.
Realmente já não tínhamos idade para brincar com os gelados, mas como queríamos recuperar os 2 anos perdidos começamos a brincar.
- Olha já se acabou o gelado! – Reclamou a Tânia ao olhar para o cone agora vazio.
- Já chega meninas, vamos até há Massimo Dutti? – Perguntou a mãe da Tânia.
- Vamos claro! – Disse Hill super entusiasmada com a proposta.
Entramos na loja, a Tânia e a sua mãe foram para um lado enquanto eu e Hill fomos para outro.
A Hill comprou uns calções pretos, uma t-shirt branca e um blazer preto.


 Eu comprei uns calções brancos e azuis, um blazer preto e uns saltos pretos.


A Tânia não gostava muito de roupa chique, então foi há Pull, lá comprou uma t-shirt vermelha, umas calças de ganga e um corpete.

  
Como eu e Hill já estávamos despachadas da Massimo Dutti fomos ter com a Tânia e a sua mãe há Pull, aproveitámos e eu comprei umas calças amarelas e a Hill umas cor-de-rosa.
Pegamos em tudo e fomos embora para casa da Tânia.

domingo, 20 de março de 2011

Capitulo I - Olá sou a Matilde

Tenho 17 anos, chamo-me Matilde Soares, sou do signo de leão mas águia de coração.
Toca o meu despertador, acordo em pleno alvoroço, estava atrasada e era o primeiro dia de aulas de 10ºano.
Ao levantar-me vejo que não tinha roupa nenhuma arranjada para poder vestir, então salto da cama e vou tomar um banho rapidamente, chego ao quarto enrolada numa toalha, pego nuns calções de ganga, uma t-shirt e calço umas sabrinas pretas.

Como já estava atrasada peço há minha mãe para me ir levar há escola.
Quando chego há escola despeço-me da minha mãe e vou ter com Joana, cumprimento-a e Joana diz-me para olhar para um pequeno grupo que esta ali perto.
- Joana não olhes tanto, tas a dar muita cana! – Reclamo de vergonha.
- Calma Matilde, eles nem reparam que estamos a olhar para eles. – contesta o que lhe tinha dito.
Toca para entrar.
Vamos Joana…- supliquei-lhe.
Não queria estar mais ali, tinha medo que eles olhassem para nós e vissem que a Joana estava a olha-los de alto a baixo.
Entro na sala a directora de turma estava a fazer a chamada no momento em que o grupo que Joana estava a mirar entrou, o primeiro era o baixo e tinha os olhos castanhos, o segundo era mais alto que ele tinha os olhos escuros e o cabelo preto, o terceiro era o mais alto dos quatro tinha o cabelo curto e os olhos escuros o ultimo era alto, olhos castanhos esverdeados, cabelo curto e castanho.
Quando se apresentaram assimilei os nomes há ordem de entrada, Francisco tinha sido o primeiro, Jorge o segundo, Vasco o terceiro e por fim Pedro.
- Mas quem são aqueles caramelos? – Perguntei baixinho.
- Diz! – Perguntou Ângela a rapariga que tinha ficado ao meu lado.
- Nada, nada! – Tentei desconversar.
- Sou a Ângela Correia
- Matilde Soares.
- Ah! E respondendo há tua pergunta aqueles quatro rapazes são simplesmente os rapazes mais populares da escola.
- Ah, ok. – Fiquei espantada de eles pertencerem há minha turma.
Toca então para sair, ao sair da sala lembro-me de telefonar há Joana para saber se quer companhia para casa. Pego no telemóvel e marco o número dela.
- Sim Joana, é a Matilde… sim vou embora, o quê? Vais ficar…ok então até amanhã.
Já me tinha esquecido que Joana era de 9ºano e que no dia da apresentação tinha de ficar até mais tarde porque já tinha aulas.
Entretanto vou para o local onde ia apanhar o autocarro para regressar a casa, e eis que vejo os meus colegas de turma ano mesmo local mas com alguma distância de mim, entro para o autocarro e reparo que Pedro não tira os olhos do meu autocarro nem de mim.
Chego a casa…
Ao chegar há sala reparo que a minha mãe não está em casa e pego no telemóvel para lhe telefonar.
- Sim mãe, onde estas? Vais demorar? Ah ok! Até já.
Fico pela sala a ver televisão e eis que na MTV estava a dar uma das minhas músicas preferidas, Need You Now.