quinta-feira, 28 de abril de 2011

Capitulo 3 - Reencontro com Marco

Fomos para a casa da Tânia para jantar, eu fui logo ao quarto dela colocar os meus sacos bem distanciados dos sacos dela, porque já sabia que quando fosse para ir embora íamos trocar os sacos.
Volta para a sala e sento-me no sofá há espera de Tânia que ainda estava no quarto e de Hill que tinha ido há casa de banho.
De repente ouço uma voz masculina que me era familiar atrás de mim e viro-me derrompante.
- Olá Matilde. - Disse Marco o irmão de Tânia.
- Olá Marco.
Marco era mais alto que eu, ele media 1,86cm e eu 1,66cm eram só 20cm de diferença e tinha mais um ano que eu.
Marco tinha vestido umas calças de ganga, uns ténis-botas brancos e uma t-shirt branca engraçada, Marco vestia-se um pouco diferente daquilo que era hábito na nossa geração, calças ao fundo do rabo e t-shirts largas.
- Então que fazes aqui?
- Vim… Jantar com a tua irmã. - Fiquei um pouco admirada de o ver ali, sempre pensei que não estivesse em casa.
- Então jantas comigo também…
-Se jantares em casa, sim.
 Não me sentia lá muito bem por estar a falar com Marco, 2 meses depois do fim do nosso namoro, mas via-se que possivelmente ele ainda gostava de mim tal como eu ainda não o tinha esquecido totalmente mas os meus sentimentos por ele já não eram tão fortes como já tinham sido.
- Então já se conhecem? – Interrompeu a sua mãe.
- Sim mãe, eu não te tinha dito que namorava com uma amiga da mana?
- Sim, acho que sim.
- É ela, não é linda? – Perguntou Marco dirigindo o seu olhar para mim.
 Sim, eu adoro esta rapariga tal como a tua irmã também gosta muito dela. – Rematou a mãe dele.
A minha cabeça estava baralhada, primeiro porque o Marco sempre me dissera que nunca tinha dito a ninguém que andava comigo e segundo porque não via a mãe da Tânia como a minha sogra, sempre a vi simplesmente como a mãe da Tânia.
- Já chega de conversa, pá! – Ralhou a Tânia da cozinha, ela e Hill já lá estavam e eu não as tinha visto passar. – Vamos jantar.
Fomo-nos sentar, eu fiquei ao lado de Hill em frente de Tânia que estava ao lado do irmão.
- Então meninas gostam da minha pizza?
- Sim é muito boa … - parei na minha resposta pois não sabia o nome da mãe da Tânia, sempre a tinha tratado por você.
- Tratem-me só por Patrícia.
- Ok Patrícia.
Ate agora nem eu nem Hill sabíamos o nome da mãe de Tânia, mas a partir de hoje já sabíamos e não nos íamos esquecer, Patrícia.
Quando acabamos de jantar já eram quase 22h30m, mas basicamente não tínhamos mais nada para fazer, então fomos para a sala.
Marco dirigiu-se para a porta e pegou nas chaves do carro e nos óculos que estavam numa pequena mesa junta da porta e virou-se para trás a olhar na nossa direcção.
- Vocês querem vir comigo?
- Não Marco, elas não vão contigo seu desmiolado. – Patrícia foi mais rápida que Tânia a dar uma resposta a Marco e aproveitou para gozar com ele.
- Ok, tu lá sabes, ate logo mãe. – Despediu-se e saiu. – Olha não sei a que horas volto. – Voltou atrás só para dizer isto há mãe, uma simples coisa óbvia que ela já sabia.
A mãe da Tânia tinha algo em mente para não nos deixar sair com o filho e pela sua cara nós iríamos saber o que ela tinha em mente dentro de pouco tempo.
- Meninas, vão-se arranjar, vamos com o Marco!
- Oh mãe, ele já saiu, lembras-te? – Alertou Tânia.
- Eu sei.
- Então como vamos com ele?
- Vamos ter com ele, Tânia acorda.
Fomos vestir-nos rapidamente ao quarto de Tânia para irmos então ter com o Marco e João, o primo de Tânia, sobrinho de Patrícia.
Levamos quase meia hora para nos despacharmos.
- Então ainda demoram muito meninas? – Gritou a mãe de Tânia.
- Não mãe já aqui estamos.
Eu e Hill estávamos vestidas da mesma forma, calções pretos, saltos pretos, o blazer, brincos e um colar a única diferença era que eu tinha uma camisa branca e Hill tinha uma blusa branca.
- Vocês vão para alguma festa? – Perguntou a mãe da Tânia em tom de brincadeira.
- Não mãe, mas foste tu que nos mandas-te arranjar e como não sabemos ao certo onde está o parvo do meu irmão… - Tânia tentou dar uma explicação aceitável para o facto de tanta produção.
- Estas bem, pelo menos têm alguma razão! – Patrícia entendeu o que a filha lhe tentou explicar.
- Patrícia? Como vamos saber onde é que o Marco está? – Perguntou Hill.
- A Matilde vai mandar-lhe uma SMS.
- Aí vou? – Perguntei rapidamente.
- Sim sff.
Então peguei no telemóvel e comecei a escrever uma SMS.
“ Oi Marco, afinal mudamos de ideias, onde estas? Beijo Matilde”.
E enviei apenas faltava esperar que Marco me reponde-se, se bem o conheço não vai demorar muito, e não demorou.
“Oi, estou no café Guerreiro, junto há ponte, vens cá ter? beijo Marco”
Respondi-lhe rapidamente.
“Sim vamos, beijo”.
Marco não respondeu de volta, fomos então ter com ele e com João ao tal café.
Quando chegamos ao café Marco já estava há nossa espera à porta, enquanto João estava lá dentro, supusemos nós que estaria ao telefone com a namorada.
- Afinal queriam vir! – Disse Marco olhando para a mãe.
- Sim, foi a tua mãe que nos fez mudar de ideias. – Rematou Hill.
- Ok. Vamos lá para dentro ou ficam aqui fora? – Perguntou Marco olhando para mim.
- Eu poso ficar cá fora mas na esplanada, porque eu sei que existe uma lá atrás. – Disse olhando para Marco.
Fomos para a esplanada mas pelo lado de dentro do café, cumprimentamos João e os donos do café, Marco amavelmente foi pedir os nossos cafés e levou-os há mesa.
- Obrigada. – Agradeceu Hill.
- De nada. Posso chamar o João para virmos para aqui? – Pediu Marco.
- Sim pá parvo, é óbvio mister Marco. – Gozou Tânia.
Marco foi lá dentro chamar João para se vir juntar a nós.
João fumava, e já que estava na rua aproveitou para fumar um cigarro depois de beber café.

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